Gl 5:22-23.

Introdução.

1.       Este é o nosso terceiro e último estudo sobre “O fruto do Espírito”.
a.       Fruto nascido naqueles que andam no Espírito, que são guiados pelo Espírito.
b.      Em oposição aos que sucumbem aos seus desejos carnais, produzindo as obras da carne.
2.       Nosso primeiro estudo sobre o fruto do Espírito focou na primeira tríade de graças...
d.      Amor - amor que busca apenas o bem maior de outros.
e.       Alegria - prazer, satisfação, gozo.
f.        Paz - harmonia, concórdia, que ultrapassa a compreensão.
3.       O segundo estudo examinou a segunda tríade de graças...
a.       Longanimidade - Paciência, clemência, lentidão em punir pecados.
b.      Benignidade - uma qualidade que faz com que outras pessoas se sintam à vontade quando estão com você.
c.       Bondade - é a generosidade que brota do coração benigno.
A terceira tríade de graças inclui fidelidade, mansidão (humildade, NTLH), e domínio próprio. Assim, nota-se que...

I.                  O fruto do Espírito é fidelidade.

A.   A fidelidade que o Espírito produz.

1.       Pistis - muitas vezes usada no NT para demonstrar uma convicção ou crença a respeito do relacionamento do homem com Deus.
2.       Mas também é usada para descrever a qualidade de “fidelidade, lealdade”.
a.       “O caráter de alguém em quem se pode confiar” (Strong, 2002).
b.       “Fidelidade, confiabilidade, fidedignidade...”
c.       William Barclay chama de “a virtude da confiança” (Barclay, 1985).
3.       Esta virtude, infelizmente, não é muito comum...
a.       Enquanto muitos podem reivindicá-la, o homem sábio declarou que é difícil encontrar - Pv 20:6.
b.      O Salmista lamentou a falta de fidelidade nos seus dias, descrevendo uma condição que se parece muito com a nossa situação hoje - Sl 12:1-2.
      - Aqueles que são “guiados pelo Espírito” possuem o fruto da fidelidade em suas vidas.

B.    A fidelidade na vida do cristão.

1.       A fidelidade é essencial para receber a coroa da vida - Ap 2:10.
2.       Algumas áreas em que precisamos de fidelidade:
a.       O uso de nossos talentos (ou seja, capacidades e oportunidades) - Mt 25:21,24-26.
b.      Os nossos deveres para com a igreja (por exemplo, as suas reuniões) - Hb 10:24-25.
c.       Nossos deveres como pais, cônjuges, filhos - Ef 6:4; Tt 2:3-5; Ef 5:22-23; 6:1-3.
3.       Os fiéis serão abençoados pelo Senhor - Sl 31:23; Pv 28:20.
      - Será que manifestamos que “andamos no Espírito” no que diz respeito à fidelidade?
Em seguida observamos que...

II.               O fruto do Espírito é mansidão.

A.   A mansidão (humildade, NTLH) que o Espírito produz.

1.       Prautes – gentileza, humildade, mansidão – (Strong, 2002).
2.       É “a capacidade de suportar repreensões e ofensas com moderação, sem partir rapidamente para vingança e sem ser facilmente provocado à ira, mas estar livre de amargura e contenda, tendo tranquilidade e estabilidade no espírito” - Das Virtudes e dos Vícios, obra atribuída a Aristóteles, citada por (Barclay, 1985, p. 111).
3.       Mansidão (ou humildade), então, é a qualidade virtuosa pela qual “tratamos todas as pessoas com gentileza, podemos repreender sem rancor, podemos argumentar sem intolerância, podemos encarar a verdade, sem ressentimento, podemos estar com raiva e não pecar, podemos ser gentis e ainda não ser fraco” - idem.
4.       Uma virtude exibida por Moisés e Jesus - Nm 12:3; Mt 11:28-30.
      - Aqueles que são “guiados pelo Espírito” possuem o fruto da mansidão em suas vidas.

B.    Mansidão na vida do cristão.

1.       Devemos receber a Palavra de Deus com mansidão - Tg 1:21.
2.       Devemos corrigir os irmãos faltosos com espírito de mansidão - Gl 6:1.
3.       Temos que disciplinar com mansidão aqueles que se opõem à Palavra de Deus - 2Tm 2:24-25.
4.       Devemos responder às perguntas a respeito de nossa esperança com mansidão - 1Pe 3:15-16.
5.       Mansidão é necessário para o homem cristão que quer ser sábio e inteligente - cf. Tg 3:13-18.
6.       Mansidão é necessário para a mulher cristã, que quer ser preciosa aos olhos de Deus - 1Pe 3:1-6.
      - Será que manifestamos que “andamos no Espírito” no que diz respeito à mansidão?
Finalmente, consideramos a virtude que é mais necessária para lidar com os desejos carnais...

III.            O fruto do Espírito é o domínio próprio.

A.   O domínio próprio (temperança, RC) que o Espírito produz.

1.       Egkrateia - que vem da palavra “kratos” (força), e significa “autocontrole”.
2.       Strong define-o como: “a virtude de quem domina seus desejos e paixões, especialmente seus apetites sensuais” (Strong, 2002).
3.       É interessante o pensamento: “Onde esta virtude subsiste, a tentação tem pouca influência”.
      - Aqueles que são “guiados pelo Espírito” possuem o fruto do domínio próprio em suas vidas.

B.    Domínio próprio na vida do cristão.

1.       Virtude necessária para superar as “obras da carne” (como prostituição e ira) - cf. Gl 5:19-20.
2.       O Espírito que habita todo verdadeiro cristão nos ajuda nesse sentido - cf. Rm 8:11-14.
3.       O auxílio do Espírito vem em resposta às nossas orações - cf. Ef 3:16,20.
4.       Devemos estar dispostos a nos fortalecer no poder da força de Deus - cf. Ef 6:12-18.
      - Será que manifestamos que “andamos no Espírito” no que diz respeito ao domínio próprio?

Conclusão.

1.       Em resumo, a terceira tríade de graças produzidas pelo Espírito na vida do cristão são...
a.       Fidelidade - o caráter de alguém em quem se pode confiar.
b.      Mansidão - a qualidade virtuosa pela qual tratamos todas as pessoas com gentileza.
c.       Domínio próprio - a virtude de quem domina seus desejos e paixões.
2.       Anteriormente observamos os seguintes contrastes entre o Espírito e a carne...
a.       Aqueles que andam no Espírito experimentam amor, alegria e paz.
b.      Os que se entregam aos desejos da carne experimentam ódio, ciúmes e ira.
c.       Aqueles que andam no Espírito experimentam longanimidade, benignidade e bondade.
d.      Os que se entregam aos desejos da carne experimentam contendas, invejas e ambições egoístas.
3.       Mais uma vez notamos o contraste entre o Espírito e a carne:
a.       Aqueles que andam no Espírito experimentam fidelidade, mansidão e domínio próprio.
b.      Os que se entregam aos desejos da carne experimentam cobiça, contendas e imoralidade.
4.       A pergunta persiste: O que você prefere?
a.       Uma vida cheia de amor, alegria e paz, pelo Espírito do Deus Todo-Poderoso?
b.      Uma vida cheia de ódio, ciúmes e explosões de ira, devido a desejos carnais?
c.       Uma vida que desenvolve longanimidade, benignidade e bondade, com a ajuda do Espírito Santo?
d.      Ou uma vida devastada por contendas, invejas e ambições egoístas, devido a seus próprios desejos carnais?
5.       Vou perguntar novamente: O que você prefere?
a.       Uma vida cheia de fidelidade, mansidão e domínio próprio, com a ajuda do Espírito?
b.      Ou uma vida esgotada por cobiças, contendas e imoralidade, devido às suas próprias concupiscências carnais?
Jesus nos dá uma escolha. Através do Seu sangue que nos purifica do pecado; através do Espírito que nos capacita a viver vidas santas e justas. Estamos dispostos a aceitar Sua oferta graciosa?
   “Digo, porém: Andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne” - Gl 5:16.

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