Gl 5:22-23.
Introdução.
1. Ao discutir “o fruto do Espírito”, as nove graças muitas vezes são divididas em três grupos...[9]
a. As que transformam o pensamento da pessoa para com Deus...
1) O amor (o amor de Deus);
2) Alegria (para nos alegramos no Senhor);
3) Paz (vem de Deus e excede todo entendimento).
b. As que dirige nossa atenção ao nosso próximo...
1) Longanimidade;
2) Benignidade;
3) Bondade.
c. As que se referem mais diretamente a nós mesmos...
1) Fidelidade;
2) Mansidão;
3) Domínio próprio.
2. Nosso estudo anterior centrou-se na primeira tríade de graças...
a. Amor - amor que busca apenas o bem maior de outros.
b. Alegria - prazer, satisfação, gozo.
c. Paz - harmonia, concórdia, que ultrapassa a compreensão.
Vamos agora voltar nossa atenção para o segundo trio de graças: longanimidade, benignidade, bondade.
I. O fruto do Espírito é longanimidade.
A. A longanimidade que o Espírito produz.
1. Makrothumia (paciência na NTLH).
a. Literalmente, significa ser tolerante (o oposto de pavio curto).
b. “Paciência, clemência, longanimidade, lentidão em punir pecados” (Strong, 2002) .
2. Longanimidade é a qualidade de autocontenção que não retalha apressadamente ou pune prontamente em face à provocação. É o oposto de raiva, está associada com a misericórdia, e é demonstrada por Deus.
3. O objetivo da longanimidade de Deus - 2Pe 3:7-9.
a. Para nossa salvação! - 2Pe 3:15.
b. Para nosso arrependimento! - Rm 2:4.
c. Para que aqueles que o temem e guardam os Seus mandamentos possam deliciar-se com a sua benignidade, apesar de terem pecado - cf. Sl 103:8-18.
- Aqueles que são “guiados pelo Espírito” possuem o fruto da longanimidade em suas vidas.
B. Longanimidade na vida do cristão.
1. Necessário se desejamos que Deus seja longânimo para conosco - cf. Mt 18:32-35.
2. Necessário para a unidade do Espírito - Ef 4:1-3.
3. Necessário aos pregadores e mestres do Evangelho - 2Tm 2:24-26; 3:10; 4:2.
4. Desenvolvido através do amor e da oração - cf. 1Co 13:4-8a; Cl 1:9-11.
- Será que manifestamos que “andamos no Espírito” em relação à nossa longanimidade?
Quando se possui a qualidade de longanimidade, a benignidade segue naturalmente...
II. O fruto do Espírito é benignidade.
A. A benignidade que o Espírito produz.
1. Chrestotes - Esta palavra descreve “a gentileza simpática ou doçura de gênio que deixa os outros à vontade e recua diante da ideia de provocar a dor” - Plummer citado por (Barclay, 1985, p. 93) .
a. É, portanto, uma qualidade que faz com que outras pessoas se sintam à vontade quando estão com você.
b. Eles sabem que você vai ser gentil, suave.
2. Na Septuaginta, ela é usada para Deus mais do que para qualquer outro.
a. Onde é frequentemente traduzido como “bom” - cf. Sl 106:1; 145:9.
b. Referindo-se não à bondade moral de Deus, mas à bondade expressa em Sua misericórdia.
3. No Novo Testamento, lemos sobre a benignidade de Deus...
a. Na natureza, até mesmo para com os ingratos e maus - Lc 6:35; cf. Mt 5:45.
b. Na doação de Seu Filho, no qual temos a salvação - Tt 3:4-7.
c. Mesmo nos séculos vindouros - Ef 2:7.
- Aqueles que são “guiados pelo Espírito” possuem o fruto da benignidade em suas vidas.
B. Benignidade na vida do cristão.
1. É parte do “vestuário” cristão que devemos vestir - cf. Cl 3:12.
2. Deve caracterizar o nosso tratamento para com os outros - Ef 4:31-32.
3. Agimos com benignidade para com os outros...
a. De modo que eles ficam à vontade em nossa presença?
b. Para que outras pessoas sintam que podem se aproximar de nós?
4. Ou com palavras afiadas ou condescendência arrogante que desencoraja outros de se sentirem confortáveis perto de nós?
- Será que demonstramos que “andamos no Espírito” no que diz respeito à benignidade?
O Espírito coloca ainda mais uma qualidade em ação.
III. O fruto do Espírito é bondade.
A. A bondade que o Espírito produz.
1. Agathosune - “integridade ou retidão de coração e vida, bondade, gentileza” (Strong, 2002) .
a. “A grande característica de agathosune é a generosidade que dá ao homem aquilo que nunca poderia ter merecido” (Barclay, 1985) .
b. “Agathosune é a generosidade que brota do coração benigno” - Ibid.
2. Barnabé era um homem bom - At 11:24.
a. Ele ficou feliz ao ver o progresso dos outros; isto é, não teve inveja - At 11:23.
b. Ele foi um incentivador de outros - At 11:23.
c. Ele era bom com suas boas palavras, que é o que significa o seu nome - cf. At 4:36.
d. Ele foi generoso com suas posses - cf. At 4:32-37.
3. Dorcas era uma boa mulher - At 9:36.
a. Ela era notável pelas boas obras e esmolas que fazia.
b. Mesmo em sua morte, sua bondade foi reconhecida - cf. At 9:39.
- Os que são “guiados pelo Espírito” possuem o fruto da bondade em suas vidas.
B. Bondade na vida do cristão.
1. Os que são guiados pelo Espírito de Deus produzirão a qualidade da bondade - cf. Ef 5:8-9.
2. Fomos criados em Cristo para este fim! - Ef 2:10.
3. Devemos fazer o bem a todos, especialmente aos irmãos - Gl 6:10.
4. A Escritura nos habilita perfeitamente para esta tarefa - 2Tm 3:16-17.
- Será que manifestamos que “andamos no Espírito” no que diz respeito à bondade?
Conclusão.
1. Mais uma vez notamos o contraste entre o Espírito e a carne...
a. Aqueles que andam no Espírito experimentam longanimidade, benignidade e bondade.
b. Aqueles que se entregam à carne experimentam contendas, invejas e ambições egoístas.
2. O que você prefere?
a. Uma vida que demonstra longanimidade, benignidade e bondade com a ajuda do Espírito Santo?
b. Uma vida devastada por contendas, inveja e ambições egoístas, devido a seus próprios desejos carnais?
Nas palavras de Paulo (Gl 5:16): “Digo, porém: Andai em Espírito, e não satisfareis à concupiscência da carne” Você está andando no Espírito, permitindo-lhe que produza Seu fruto em sua vida?
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