Gl 1:1-2.

Introdução.

1.      Vivemos em tempos difíceis...
a.      O pecado está sempre presente, a depravação aparentemente em ascensão.
b.      Existem muitas religiões que propõem resolver o problema, mas as suas soluções estão, no mínimo, equivocadas.
2.      Os cristãos do primeiro século d.C. encontravam-se enfrentando circunstâncias semelhantes...
a.      A imoralidade era galopante, a virtude moral era escassa (Veja por exemplo 1Co 5:1, 6:18, 10:8).
b.      As religiões eram muitas, mas ineficazes em salvar e santificar as almas.
3.      Em sua carta às igrejas da Galácia, Paulo dirigiu sua atenção a...
a.      Lidar com falsos evangelhos e falsas esperanças.
b.      Mostrar o caminho para a salvação e para um viver piedoso.
A Epístola de Paulo aos Gálatas continua a ser um guia poderoso e relevante para os cristãos de hoje. Neste primeiro capítulo, vamos considerar algumas informações básicas sobre o livro de Gálatas...

I.                  O autor da epístola.

A.   Paulo.

1.      Há menções de si mesmo pelo nome duas vezes - Gl 1:1; 5:2;
2.      Conhecido anteriormente como Saulo de Tarso, perseguidor da igreja - At 9:1-2;
3.      Que ficou conhecido como o “apóstolo dos gentios” - At 9:15;
4.      Autor de quase metade dos livros do Novo Testamento;
5.      A respeito de sua autoria de Gálatas:
a.       Foi a opinião unânime da igreja primitiva.
b.             Mesmo os críticos modernos que desafiam a autoria de muitos dos livros do Novo Testamento reconhecem Gálatas como carta Paulina. (Guthrie, 2011, p. 13).

B.   Um apóstolo.

1.      Ele imediatamente se identifica como um apóstolo[1]...
a.      “... não da parte de homens, nem por intermédio de homem algum, ...”
b.      “... mas por Jesus Cristo e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos”.
2.      Seu evangelho e apostolado foram questionados por alguns, esta carta oferece uma defesa agressiva começando com esta declaração de abertura.

C.   Os irmãos com ele.

1.      “...e todos os irmãos meus companheiros”.
2.      Outros cristãos enviam saudações, juntamente com Paulo.
3.      Apesar de não serem nomeados, a sua inclusão aqui implica que Paulo não estava sozinho no evangelho que ele pregava.
Tendo identificado a si mesmo como o autor desta epístola, Paulo aborda em seguida...

II.              Os destinatários da epístola.

A.   Às igrejas da Galácia...

1.      Galácia era um nome usado tanto geográfica como politicamente, no primeiro século.
2.      Geograficamente, era utilizado para descrever a parte norte da Ásia Menor.
3.      Politicamente, incluía partes do Ponto, da Frígia e da Licaônia, ou seja, as regiões mais meridionais do centro da Ásia Menor.
4.      Eu acredito que Paulo tinha como referência a este último (a província romana da Galácia[2]).

B.   As igrejas da Galácia...

1.      Durante a sua primeira viagem missionária (45-47 d.C.), Paulo e Barnabé tiveram a oportunidade de estabelecer várias igrejas na província romana da Galácia - At 13:14-14:23.
2.      Na segunda viagem de Paulo (51-54 d.C.), ele e Silas visitaram novamente essas igrejas - At 16:1-5.
3.      Na terceira viagem de Paulo (54-58 d.C.), ele os visitou mais uma vez - At 18:23.
4.      É bastante provável que as igrejas da Galácia incluíam as estabelecidas em sua primeira viagem:
a.      Por exemplo, Antioquia, Listra e Derbe.
b.      A casa de Timóteo - At 16:1-6.
5.      Paulo e Pedro, mais tarde, fazem menção destes irmãos em outras epístolas.
a.      Paulo, em referência à coleta para os santos - 1Co 16:1.
b.      Pedro, em sua primeira epístola - 1Pe 1:1.
A data e o local da escrita são incertas (talvez de Éfeso, por volta de 55 d.C.). O que é mais certo, por causa do que foi escrito, é...

III.           O objetivo e o conteúdo da epístola.

A.   O propósito...

1.      As igrejas da Galácia estavam sendo influenciadas por aqueles que iriam “perverter o Evangelho de Cristo” - Gl 1:6-7; cf. 3:1.
2.      Conhecidos como “mestres judaizantes”, estes indivíduos ensinavam que os cristãos gentios precisavam ser circuncidados e guardar a Lei de Moisés - cf. At 15:1.
3.      Paulo reconheceu que esta doutrina poria em questão a salvação das almas que aceitaram o Evangelho de Cristo pregado por ele - cf. Gl 5:4.
4.      Porque esses inimigos do verdadeiro Evangelho tentavam apoiar a sua doutrina, minando a autoridade de Paulo como um apóstolo de Cristo, era necessário reafirmar que ele era verdadeiramente um apóstolo “...não da parte de homens, nem por intermédio de homem algum...” - Gl 1:1.
5.      Por isso, Paulo escreve para defender seu apostolado e o Evangelho da justificação pela fé em Cristo.

B.   O conteúdo...

1.      Por causa de sua defesa excepcional do Evangelho de Cristo, no qual somos livres do pecado e da Lei, esta epístola tem sido chamada de “A Carta Magna da Liberdade Cristã”.
2.      Aqui está um breve resumo da epístola:
a.             Defesa de Paulo do seu apostolado - Gl 1 e 2.
1)      Introdução - Gl 1:1-10;
2)      A origem divina do seu Evangelho - Gl 1:11-17;
3)      A relação com os outros apóstolos - Gl 1:18-2:21.
b.      Defesa de Paulo do Evangelho da justificação pela fé - Gl 3 e 4.
1)      O argumento pessoal - Gl 3:1-5;
2)      O argumento bíblico - Gl 3:6-25;
3)      O argumento prático - Gl 3:26-4:7;
4)      O argumento sentimental - Gl 4:8-20;
5)      O argumento alegórico - Gl 4:21-31.
c.       Chamado a permanecer firme na liberdade do Evangelho - Gl 5 e 6.
1)            A liberdade que exclui a necessidade da circuncisão - Gl 5:1-6;
2)      A liberdade que cumpre a Lei - Gl 5:7-15;
3)      A liberdade em que a pessoa é conduzida pelo Espírito - Gl 5:16-26;
4)      A liberdade com um senso de responsabilidade - Gl 6:1-10;
5)      Conclusão - Gl 6:11-18.

Conclusão.

1.       A passagem que expressa o tema desta epístola é Gl 5:1...
   “Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão”.
2.       A liberdade da qual Paulo escreve nesta epístola se refere a...
a.       A liberdade da escravidão do pecado - cf. Gl 2:16;
b.      A liberdade da Lei de Moisés - cf. Gl 4:4-5;
c.       A liberdade para servir uns aos outros em amor - cf. Gl 5:13;
d.      A liberdade das obras da carne - cf. Gl 5:16,19-21;
e.       A liberdade para produzir o fruto do Espírito - cf. Gl 5:22-25.
3.       Você deseja saber mais sobre a liberdade que Cristo oferece?
a.       Jesus falou dela durante Seu ministério terreno - Jo 8:34-36.
b.      Então, Ele escolheu Paulo para escrever sobre ela nesta epístola!
Se você quiser saber mais sobre a verdadeira liberdade, dê especial atenção à carta escrita “às igrejas da Galácia”...

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