Gl 2:1-5.

Introdução.

1.       O principal objetivo de Paulo ao escrever aos Gálatas era defender...
a.       Seu apostolado - Gl 1:1.
b.      Seu Evangelho - Gl 1:11-12.
2.       Ao fazê-lo, relata a reunião que aconteceu em Jerusalém, no qual...
a.       Ele, Barnabé e Tito participaram - Gl 2:1.
b.      Ele teve a oportunidade de expor o Evangelho que pregava - Gl 2:2.
3.       Alguns tentaram obrigar Tito (grego) a ser circuncidado - Gl 2:3-5.
a.       Falsos irmãos, que procuravam forçar Tito a guardar a Lei.
b.      O que Paulo se recusou terminantemente, discorrendo sobre “a verdade do Evangelho”.
4.       A questão da circuncisão trouxe uma grande preocupação no primeiro século...
a.       Afinal, os gentios (não-judeus) que se tornaram cristãos têm que ser circuncidados de acordo com a lei?
b.      A questão incomodou muitas igrejas e muito do ministério de Paulo.
Ainda que a questão tenha sido completamente resolvida de modo que raramente tem sido um problema em nossos dias, há lições importantes a serem recolhidas a partir de um estudo de “A circuncisão e o Evangelho”. Vamos rever, portanto...

I.                  A prática da circuncisão.

A.   No Antigo Testamento.

1.       Como um sinal de uma aliança, ela começou com Abraão - Gn 17:9-14, 23-27; cf. Rm 4:11.
2.       Continuou com Isaque, Jacó e seus filhos - Gn 21:4; 34:14-17.
3.       Moisés circuncidou seus filhos, e deu a ordenança para Israel - Ex 4:26; cf. Jo 7:22.
4.       Era obrigatória para se comemorar a Páscoa - Êx 12:48.
5.       As crianças do sexo masculino tinham de ser circuncidadas ao oitavo dia - Lv 12:1-3.
6.       Os judeus nascidos no deserto não tinham sido circuncidados, mas foram depois que cruzaram o rio Jordão - Js 5:1-8.

B.   No Novo Testamento.

1.             João Batista foi circuncidado quando bebê - Lc 1:59.
2.       Jesus também foi circuncidado ao oitavo dia - Lc 2:21.
3.       Tornou-se um problema quando o Evangelho foi pregado aos gentios - At 11:1-3.
4.       Foi o foco da controvérsia em Antioquia e Jerusalém - At 15:1-2,4-6.
5.       Paulo tinha circuncidado Timóteo - At 16:1-3.
6.       Dizia-se que Paulo ensinara que os judeus não devem ser circuncidados - At 21:18-21.
7.       Foi certamente um assunto frequente nas epístolas de Paulo.
a.       Aos Romanos - Rm 2:25-29; 3:1,30; 4:9-12; 15:8.
b.      Aos Coríntios - 1Co 7:18-19.
c.       Especialmente aos Gálatas - Gl 2:1-9,12; 5:2-6,11; 6:12-15.
d.      Mencionado em Efésios - Ef 2:11.
e.       Também aos Colossenses - Cl 2:11; 3:11; 4:11.
Por causa do papel da circuncisão na história de Israel e seu significado no início da história da igreja, é importante que compreendamos a corretamente em relação a...

II.              A verdade do Evangelho.

A.   A circuncisão física não é necessária.

1.       Demonstrado pela conversão de Cornélio e sua família - At 10:44-48; 11:17-18.
2.       Confirmado no Concílio de Jerusalém - At 15:7-21.
3.       Proclamado pela carta enviada pelos apóstolos e anciãos - At 15:22-31.
4.       Exposto por Paulo em suas cartas - Rm 4:8-12; 1Co 7:19; Gl 5:1-6; 6:15.

B.   Agora uma circuncisão espiritual está disponível.

1.       A circuncisão feita não por mãos, em que pecados são cortados - Cl 2:11.
2.       Que ocorre quando somos sepultados com Cristo no batismo e ressuscitamos com Ele - Cl 2:12.
3.       Quando Deus nos concede vida em Cristo, ele perdoa nossos pecados - Cl 2:13.
O rito da circuncisão física tornou-se uma questão indiferente para com Deus, embora Ele o possa ter usado. Da prática da circuncisão e da verdade do Evangelho como foi revelado na Bíblia, vamos resumir...

III.           As lições da circuncisão.

A.   O ritual apenas não é adequado.

1.       Isto era verdade mesmo quando a circuncisão era exigida de Israel.
2.       Deus desejava uma circuncisão do coração, bem como da carne - Dt 10:16; 30:6; Jr 4:4.
3.       Paulo explicou que o verdadeiro judeu era o circuncidado de coração - Rm 2:28-29.
      - O mesmo é verdadeiro sobre o batismo; ele deve ser acompanhado de fé e arrependimento - Mc 16:16; At 2:38; 8:36-37; Cl 2:12.

B.   A Lei já passou.

1.       Jesus disse que nem um til da Lei passaria até que tudo fosse cumprido - Mt 5:17-18.
2.             A circuncisão é exigência a Lei - Ex 12:48; Lv 12:1-3.
3.             A circuncisão não é mais obrigatória, porque Cristo cumpriu toda a Lei, isso implica no fim da Lei.
      -  Algo semelhante é dito sobre o sacerdócio de Cristo - Hb 7:12-19.

IV.          Eterna, pode não significar “que dura para sempre”.

A.   A circuncisão foi descrita como o sinal duma “aliança eterna” - Gn 17:10-14.

1.       No caso da circuncisão, eterna (Heb., ‘ôlãm) não quer dizer “que dura para sempre”.
a.       Strong define ‘ôlãm como “longa duração, antiguidade, futuro, para sempre, sempre, eternamente, para todos os tempos, perpétua, velho, antigo, mundo”.
b.      O Léxico define ‘ôlãm como “tempo antigo, longo tempo” (Strong, 2002).
c.       O NDITE afirma que ‘ôlãm é normalmente usado para descrever eventos que se estendem ao passado ou ao futuro distante. Tal tempo distante é claramente relativo: pode ser um tempo na vida de uma pessoa (SI 77.5), a duração de uma vida (Ex 21.6) ou o tempo mais distante concebível (15.18). (VanGemerem, 2011, p. 347)
d.      Quando ‘ôlãm se refere ao futuro, pode aludir a um futuro de dura­ção limitada; isto é, às condições que continuarão a existir por um período limitado de tempo, normalmente a duração de uma única vida - (Ibid., p. 348).
2.       Se eterno significar sempre “que dura para sempre”, então nós ainda devemos observar:
a.       A Páscoa judaica- Êx 12:14.
b.      A Festa dos Pães Ázimos - Ex 12:17.
c.       O sacerdócio de Aarão - Ex 29:9.
d.      O Sabbath - Ex 31:16-17.
e.       Os sacrifícios, com as suas porções para os sacerdotes - Lv 6:18; 7:34-36; 10:15.
f.        O Dia da Expiação - Lv 16:29-34.
g.       A Festa dos Tabernáculos - Lv 23:39-42.
h.      ... e outros elementos da Lei descritos como “decretos eternos”.
3.       A partir do contexto, se discerne quando eterno significa “que dura para sempre”.
      - Se a circuncisão não é mais obrigatória, não devemos nos surpreender se o mesmo acontece com outros elementos da Lei - cf. Cl 2:16-17; Hb 9:10.

B.   Quando a tradição se torna pecado.

1.       Paulo não hesitou em usar a circuncisão quando oportuno - At 16:3.
a.       O mesmo aconteceu com outras tradições judaicas - At 18:18,21.
b.      Mesmo algumas que envolveram o sacrifício de animais - At 21:18-26.
2.       No entanto, ele se opôs a circuncisão (e outros elementos da Lei), quando as pessoas tentaram:
a.       Vinculá-la às outras nações, como no caso de Tito - Gl 2:3-5.
b.      Usá-la para efeitos de justificação - Gl 5:2-4.
3.       Assim, Jesus também condenou tradições dos homens quando elas:
a.       São ensinadas como mandamentos a serem cobrados dos outros - Mc 7:6-7.
b.      Por sua observância impedem de guardar os mandamentos de Deus - Mc 7:8-13.
      - Sob as circunstâncias corretas, as tradições podem ser observadas - cf. Rm 14:5-6.

Conclusão.

1.       A questão da circuncisão pode parecer antiquada e sem importância...
a.       Não é certamente uma das “questões mais quentes” dos nossos dias.
b.      No entanto, as lições aprendidas com o estudo da questão podem ser muito úteis.
2.       Compreender a questão da circuncisão pode nos ajudar a preservar a verdade do Evangelho...
a.       Somos salvos pela fé em Cristo, não por guardar a Lei de Moisés.
b.      A Lei, como um sistema de justificação, chegou ao fim na cruz de Cristo.
c.       Elementos da Lei, como a circuncisão, a Páscoa, o Sábado, etc., hoje não são obrigatórios.
d.      Tradições da Lei podem ser observada em um nível pessoal, mas é um pecado basear a salvação nelas, ou obrigá-las a outras pessoas.
Embora a circuncisão da carne não seja essencial, a circuncisão “sem mãos” é certamente necessária.

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