A conversão dos colossenses.

A conversão dos colossenses.
Cl 1:21-23.

Introdução.

1.       Percebemos na reflexão anterior que Paulo estava descrevendo “A Supremacia Cristo” - Cl 1:13-20.
2.       O último ponto apresentado por Paulo é que Jesus é “O reconciliador de todas as coisas” - Cl 1:20.
3.       Como no caso em questão, Paulo lembra aos Colossenses que também eles haviam sido “reconciliados” com Deus através de Jesus Cristo - Cl 1:21-23.
Nesta reflexão iremos analisar “A Conversão dos colossenses”, como descrita nesta passagem, com vistas a compreender e apreciar a nossa reconciliação com Deus.

I.             A conversão dos colossenses.

A.    Antes de sua conversão...

1.       Paulo diz que eles eram “estranhos e inimigos”.
a.       A palavra “estranho” vem do grego apallotrioo, que significa:
1)      Alienado, distanciado;
2)      Ser excluído da companhia e intimidade de alguém.
b.      A palavra “inimigos” vem do grego echthros, e descreve o que é:
1)      Odiado, odioso, detestável;
2)      Hostil, que se detesta e opõe a outro;
3)      Usado para pessoas que são inimigos de Deus por seus pecados.
2.       Por que eles eram assim?
a.       Porque tanto no pensamento como na ação eram pecadores!
b.      Como Paulo escreve: “...inimigos no entendimento pelas vossas obras malignas”.

B.    Mas agora eles são reconciliados!

1.       De que modo? Duas coisas são mencionadas no contexto...
a.       Primeiro, no versículo 20, Paulo menciona “o sangue da sua cruz”.
b.      Depois, nos versos 21-22, Paulo diz que eles foram reconciliados “no corpo da sua carne, mediante a sua morte”.
- Ambas as frases enfatizam que Jesus sofreu na carne, algo que algumas pessoas naqueles dias haviam negado - cf. 2Jo 1:7; Hb 2:9,14.
2.             Através da oferta do corpo e do sangue de Jesus, eles estavam agora reconciliados (trazido de volta) com Deus; agora são apresentados a Deus como:
a.             Santos - santificado, separado para Deus.
b.      Inculpáveis – Sem defeitos; perfeitos.
c.       Irrepreensíveis – que não pode ser julgado, irreprováveis.
3.       Observe que condição maravilhosa é esta como Deus os via (“aos Seus olhos”)!

C.    Sua reconciliação com Deus permanece se”...

1.       Eles “permanecessem na fé”.
2.       Eles permanecessem “alicerçados e firmes”.
3.       Eles “não se deixassem ser afastados da esperança do evangelho”. Em “A conversão dos Colossenses”, temos visto...
1)      Que eles eram pecadores, estranhos e inimigos de Deus.
2)      No entanto, foram reconciliados com Deus.
a)      Através da morte de Jesus na cruz.
b)            Agora são “santos, inculpáveis e irrepreensíveis diante dele”.
3)      A reconciliação é incondicional.
a)      A sustentação nesta graça está contida na Doutrina da Perseverança dos Santos.
b)      Que ensina que é pela ação do Espírito Santo que somos guardados em contínua fidelidade e firme esperança!
Agora vamos fazer algumas...

II.           Observações e aplicações.

A.    A condição dos colossenses antes da reconciliação não era exclusiva.

1.       É verdade que eles eram pecadores, estranhos e inimigos de Deus.
2.       Mas todos nós éramos assim! - Cf. Ef 2:1-3; Tt 3:3.
3.       Qualquer um que pense o contrário é ignorante:
a.       Desconhece a extensão do pecado.
b.      Desconhece a necessidade de santidade e justiça no caráter de Deus.
4.       Para entender melhor como o pecado se opõe à santidade de Deus...
a.       Veja o que um pecado faz: tornar-nos tão culpados como se tivéssemos quebrado toda a lei! - Cf. Tg 2:10.
b.      Considere o preço necessário para nos redimir do pecado – a morte do Filho Amado de Deus!
c.       Note as “palavras de angústia” proferidas por Jesus quando levou sobre si os nossos pecados na cruz (“Deus Meu, Deus Meu, por que me desamparaste?”) - Mt 27:46.

B.    Nossa reconciliação com Deus só é possível pela morte de Jesus na cruz.

1.       Boas obras não podem nos reconciliar com Deus.
a.       Tal como ir à igreja, atos de misericórdia e bondade, etc.
b.      Se fosse assim, então Cornélio teria sido salvo por elas.
1)      Pois ele certamente foi um bom homem - cf. At 10:1-2.
2)      Mas conforme relatado, o anjo disse a Cornélio que ele ainda precisava que Pedro lhe dissesse o que fazer para ser salvo - cf. At 11:13-14.
2.       Apesar das boas obras serem essenciais aos discípulos de Jesus Cristo (cf. Tt 2:14; 3:1,8,14), a verdade é esta:
a.       Somos justificados (declarados não culpados) pelo sangue de Cristo - Rm 5:9.
b.      Apenas o sangue da sua cruz pode purificar-nos do pecado! - Ef 1:7; 1Jo 1:7.
3.       A questão crucial é, então, como alguém pode ser salvo a partir do sangue de Jesus?
a.       Num primeiro momento, através de uma fé penitente quando somos batizados em Cristo - At 2:38.
1)      Porque no batismo, somos unidos a Cristo na Sua morte - Rm 6:3-8.
2)      E no batismo, somos revestidos de Cristo - Gl 3:27.
- Então, unidos a Cristo e revestidos d’Ele, podemos desfrutar de todas as bênçãos espirituais de ser encontrado n’Ele, incluindo a “redenção, pelo seu sangue”! - Ef 1:7.
b.      Em seguida, temos acesso ao sangue de Jesus por meio do arrependimento e oração - 1Jo 1:9; por exemplo, At 8:22.
4.       Só assim podemos ser “santos, inculpáveis, e irrepreensíveis” aos olhos de Deus!

C.    Nossa reconciliação é incondicional!

1.       A exposição desta graça está contida na doutrina da Perseverança dos Santos.
2.       Que ensina que é pela ação do Espírito Santo que somos guardados em contínua fidelidade e firme esperança!
3.       Quando Paulo diz “se é que permaneceis na fé...” - Cl 1:23.
a.       A permanência na fé não é condição para a reconciliação, mas sim resultado!
b.      E sobre “a segurança do crente”:
1)      A Bíblia fala da segurança do crente.
2)      E também ensina sobre a insegurança do incrédulo.
3)      Ensina ainda que se um “crente”, não for diligente, pode ser, na verdade, um incrédulo! - Cf. Hb 3:12-19; Hb 4:1-2,11.
4.       Por isso, Paulo enfatiza que é preciso continuar na fé, o que envolve:
a.       Ser “alicerçados e firmes”.
b.      “Não se afastando da esperança do evangelho”, o que pode ocorrer através de:
1)      Falsas doutrinas - cf. 2Pe 3:17.
2)            Tentações do pecado - 2Pe 2:20-22.
3)            Provações e dificuldades - Ap 2:10.

Conclusão.

1.       O que temos aprendido com “a conversão dos Colossenses”?
a.       Em primeiro lugar, um lembrete para os cristãos...
1)      De quem éramos outrora;
2)      Das bênçãos que agora desfrutamos em Cristo;
3)      Da necessidade de permanecer fiel até o fim.
b.      Mas também, uma lição para os que não são cristãos...
1)      Apontando onde estão agora em seus pecados e como Deus os vê.
2)      Revelando que eles podem ser salvos, se crerem nas bênçãos da morte de Jesus na cruz.
3)      Ser um verdadeiro cristão vai exigir firmeza e continuidade no crescimento.
2.       Encerramos com uma observação sobre o comentário de Paulo sobre o evangelho, que mesmo em seus dias “foi pregado a toda criatura debaixo do céu” (Cl 1:23)...
a.       Aqui temos o básico do evangelho que todos devem ouvir.
b.      Você tem obedecido ao evangelho? Se não, por que não começar agora? Lembre-se que foi Jesus que disse:
“E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado” - Mc 16:15-16.

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